[...] jamais aceitar convites para programas no mesmo dia, pois isso revelaria que sua agenda estava vazia.
Os homens nao gostam de mulheres que pensam demais. Eles querem pensar sozinhos.
Se pudessemos escolher a nacionalidade antes de nascer, não seria tentador optar por ser italiano? Isabel achava que sim, embora as vagas ja pudessem ter sido todas preenchidas quando chegasse sua vez, de modo que ouviria a triste noticas: Sentimos muito, mas voce vai ter que escolher outro lugar.
Não devia ser vegetariano, pensou: os italianos não eram vegetarianos. Eles bebiam, eles paqueravam, eles cantavam; oh! raça bem-aventurada de herois!
Ignoramos as pessoas caladas, os observadores acanhados, os que ficam no seu canto; esquecemos que eles estão atentos a tudo.
A culpa, pensou, algumas vezes consegue ser medida fisicamente.
Havia pessoas em Nova York, que consideravam a Europa e o resto do mundo estranhos e pouco higienicos. E havia pessoas em lugares como Paris que achavam que tudos os américanos eram xenofobos ignorantes em geografia. Preconceitos tacanhos.
Nem sempre queremos que aqueles por quem ansiamos saibam que ansiamos poe eles, sobretudo se o desejo é impossivel ou inconveniente.
[...] os cliches se originavam de algo, dai sua tendencia a ter um fundo de verdade.
Viver numa aldeia global ampliava muito os limites de nossa responsabilidade. As pessoas que morriam de pobreza, os doentes, os destituidos eram nossos vizinhos mesmo que estivessem distantes.